A onda de amor

gota

Caminho da escola, mãe e filhos no carro, e um engarrafamento sem muita explicação do lado de fora. Ninguém anda, nem devagarzinho… Cinco minutos… Dez… O bebê vai ficando impaciente, e o menino, curioso…

- Eu não vou chegar na minha escola?
- Vai sim, eu vou dar um jeito.
- Mas mãe, por que nenhum carro anda?
- Deve ser porque tem um problema ali na frente. A mamãe não sabe.
- Mas eu quero a minha escola…
- Espera filho, eu preciso que você seja paciente. Eu vou dar um jeito de virar e procurar outro caminho…

Seta devidamente acionada, mais uns dois minutos de espera por ajuda vinda da outra pista, até que alguém, gentilmente, pisa no freio e espera que a manobra rumo à escola seja feita. 

- Que foi, mãe?
- Uai, consegui virar. O moço deixou e agora vamos pra escola…
- Ele foi bom com a gente, né, mãe? 
- Muito.
- Ele foi muito gentil…
- Muito… 
- Mãe, eu amo aquele moço.

Segurando o riso, a mãe aproveita a oportunidade que as adversidades frequentemente nos trazem:

- Tá vendo? Quando a gente faz uma coisa boa pra alguém, a gente espalha amor, e o amor volta pra gente. Aquele moço sentiu seu amor, e, por isso, o nosso dia ficou melhor.
- Eu sempre quero espalhar amor, mãe…
- Ah, é bom mesmo! Quanto mais a gente espalha…
- É igual uma onda, né? Vai chegar amor pra todo mundo!