Da minha vida também

gangorra

Menos de 12 horas atrás, estávamos no parquinho de areia – um parquinho de areia absolutamente comum, como tantos por aí. O neném tirou seu cochilo, e o menino pediu:
- “Mãe, agora você me empurra no balanço?”
- “Claro!”
- “Mas eu quero ir muito alto, tá?”
- “Tá bom.”
Alguns empurrões depois, com a cabeça da mãe na lua, ele exclamou:
- “Esse é o melhor brinquedo!”
- “Heim?”
- “Esse é o melhor brinquedo de todos!”
- “É mesmo?”
- “Sim!”
- “Melhor que o Batman?”
- “Sim!” – sorrindo.
- “Melhor que brincar de lego?”
- “Sim”- rindo alto.
- “Melhor que o Buzz Lightyear?
- “Sim!”- gargalhando. “Hoje é o melhor dia da minha vida, mãe!”

A gargalhada agora era da mãe. E ele continuou:
- “Melhor agradecer por esse dia...”
- “Agradecer?”
- “Obrigado, papai do céu, por a gente ter uma casa tão boa.”
- “Ah, é boa mesmo...”
- “Obrigado por essa mãe tão linda!”

Silêncio.
- “Por que você é minha mãe?”